25 de abril de 2012

Belo Monte, machismo e pensamentos de uma tarde de tédio

Olha, não pretendo aqui fazer um tratado e nem exibir provas/provar que eu estou certa, nada disso. É que ultimamente, eu tenho lido tantas coisas que me deixaram com um nó na garganta e eu sinto que eu preciso me expressar. Então assim, é só a minha opinião, e pode ser, inclusive, que ela mude no futuro, mas no momento, eu quero deixar registrado isso que eu sinto. E aliás, você pode até achar que meu argumento é raso, superfluo e que eu pareço ser reacionária. Mas como eu não estou IMPONDO a minha opinião a ninguém, me acho no direito de palpitar e desabafar.
Outra coisa, muita gente poderia dizer que eu não vivo mais no Brasil, não tenho direito de palpitar. Não acho que seja o caso e não acho que por criticar algo que considero errado no Brasil, esteja fazendo apologia ao país em que vivo ou qualquer outro país do mundo. Mas enfim, vamos ao que interessa.


Até hoje não entendo como conseguiram passar por cima de tantas questões humanitárias, ecológicas e sociais   para a construção da Belo Monte. É esse o país que queremos ser? É esse o desenvolvimento que queremos? Destruindo, desmatando, desalojando? Definitivamente, não é o desenvolvimento que eu quero. 


Estou lendo muito o blog da Lola. Confesso que nunca pensei muito sobre o feminismo. Aliás, confesso que sempre tive uma visão super machista do feminismo. Mas lendo o blog e depois procurando ler mais sobre como a sociedade trata e se comunica com as mulheres, vi que eu estava completamente errada e que ainda existe tanto equívoco, tanta barbaridade, que a gente tem mais é que falar mesmo e debater e lutar. Fiquei muito feliz com a notícia de que o aborto de fetos anencéfalos foi tornado legal no Brasil. Ainda não sei se sou a favor do aborto em outros casos, mas nesse, com certeza é um direito que parece totalmente ilógico não se ter. 


Outra coisa que me incomoda é o programa de tv CQC. Preciso falar aqui que nunca assisti e que a minha opinião é baseada no que li e em clipes que vi no youtube. Começou com aquela história do Rafinha Bastos e o bebê da Wanessa. Eu queria ter escrito na época, mas achei que já estava banalizado demais. Mas assim, o cara faz uma piada infeliz daquelas (fora todas as outras - sobre estupro, uso de drogas, etc) e não tem a humildade de reconhecer seu erro? Nem vou entrar na questão da piada super machista do estupro. Pra mim, stand-up comedy é muito mais que isso e humor é algo totalmente diferente disso que ele faz. Depois, veio o tal do "repórter" na entrevista com Hillary Clinton. Poxa, uma coletiva séria, importante e o cara vai fazer piada que beira a falta de educação?? Pra que, me diz? E o pior é ler a notícia e depois ver comentários dos leitores apoiando a iniciativa, tipo: tem mais é que esculhambar com os políticos mesmo, o CQC é o único programa que leva a verdade da política para o povo brasileiro e por aí vai. Minha gente, vai protestar pacificamente contra os políticos brasileiros, contra a corrupção, vote de maneira consciente, mas não confunda as coisas.


Por enquanto, é isso. Eu tenho tantas coisas aqui na minha cabeça ainda, mas no momento, são apenas devaneios de uma tarde tediosa...

22 de abril de 2012

A place to call home

Ontem eu fui à uma exibição na RIBA (Royal Institute of British Architects). Eu, arquiteta de araque que sou, nem sabia que o prédio da RIBA também abrigava exposições. Enfim, essa conta com curadoria da Sarah Beeny, que é, além de property developer (algo que o google traduziu como incorporador de imóveis - mas eu nem sei se essa profissão existe no Brasil), apresentadora de alguns programas do Channel 4 sobre imóveis. A exposição é muito interessante e conta, de maneira bem sucinta, a história da casa - ou melhor, do lar - inglês desde o século XVIII. Fala das casas georgianas, victorianas até os dias atuais. E tenta explicar como, por exemplo, a idéia da máquina de morar se transformou nas habitações populares do governo. É interessante observar que, apesar de técnicas e materiais novos terem surgido, a preferência dos ingleses (veja bem, falo aqui da minoria, de quem tem dinheiro para comprar uma casa e, além disso, pode escolher) é pelo detalhe e aparência de casas georgianas e victorianas. Eu gostei bastante da exposição e, pra quem gosta de design e arquitetura, vale a pena ficar ligado no website da RIBA para novas exibições e mostras. Na verdade, só a ida até o prédio, em estilo art deco, já vale. O átrio tem uma escada majestosa que liga o térreo ao primeiro andar, onde você se sente num filme dos anos 30.

13 de abril de 2012

Tentando ser saudável

Às vezes, conciliar a vida trabalhística com uma vida saudável é bem difícil. Por exemplo, todo mundo sabe que ficar mais de 3 ou 4 horas em jejum não é bom, pois o corpo começa a acumular gordura, os níveis de glicose aumentam, etc e pode trazer vários problemas de saúde... por exemplo, quando eu estava com o colesterol alto, a nutricionista e a médica me recomendaram comer a cada 3 horas. Eu tento seguir à risca essas dicas, porque sei que com saúde não se brinca e porque quero levar uma vida saudável. Mas às vezes é super difícil me alimentar em intervalos razoáveis no trabalho. Várias vezes já tive reuniões que começaram antes das 10 da manhã e foram até 2 ou 3 da tarde. 
Outra coisa que eu sempre tento fazer é trazer meu próprio almoço. Aqui no trabalho não tem microondas, muito menos forno/fogão, o que significa que o meu almoço, a não ser que eu compre, é sempre frio. E daí, tem que ter um certo jogo de cintura para preparar comidas que sejam gostosas mesmo geladas, sejam saudáveis (pra mim não dá pra comer sanduíche todo dia) e que não seja umas folhinhas de alface e uns tomatinhos porque, geralmente, eu preciso de sustância! haha
Quando eu não trago meu almoço, eu tento comer algo em restaurantes/cafés que seja saudável. Aqui na City e espalhado por Londres, existem vários lugares onde você consegue comprar seu almoço por até 5 libras, o que ajuda muito no orçamento. Mas tem que tomar muito cuidado, pois cair na tentação do sanduíche ou outras comidas calóricas é super fácil! Então, um dos restaurantes que eu mais gosto é o Pod. Eles tem comidas saudáveis e sazonais, ou seja o menu do inverno não é mesmo que o menu do verão. Além do Pod, eu gosto das sopas do Eat, que oferece sempre duas opções: uma de mais sustância digamos e outra que, geralmente, tem menos de 5% de gordura. A sopa de tomate, manjericão e queijo de cabra é muito boa! Se me dá vontade de sushi ou comida japonesa, apesar de ser um pouquinho mais caro, opto pelo Itsu, que faz um box de salmão, arroz e salada que é uma delícia! Quando estou a fim de um sanduba (porque também ninguém é de ferro!), eu gosto do Apostrophe, que tem sanduiches que não levam molhos como maionese e sim humus e vem com bastante salada ou vegetais. 
Acho que esses restaurantes, não só pra quem trabalha, mas para o turista também, são ótimas opções. Primeiro que tem um em cada esquina, praticamente. Segundo que é uma opção barata e saudável - ou alguém ainda quer se entupir de McDonalds??? 

6 de abril de 2012

Tom e Jerry

Tinha um rato aqui em casa... disgusting, eu sei... Eu fiquei apavorada, principalmente porque eu estava sozinha (namorado chega amanhã de manhã, iiieeeeeiiii). Não fiz nada por uns dias na esperança que ele fosse embora. Daí, na terça, eu fiquei em casa porque estava gripada e eu conseguia ouvir o bicho lá... arranhando, roendo, sei lá... Eeeecaaaa
Pronto, na quarta fui até a loja e comprei uma ratoeira. Não podia dividir o meu espaço com um rato, um RATO!!! Comprei a ratoeira, me preparei psicologicamente não só pra matar um ser vivo, mas pra lidar com isso depois, armei e... nada! O maldito não foi até a ratoeira! Eu conseguia ouvir, eu sabia que ele estava ali... Ecaaaaa e nada da ratoeira funcionar! Já estava me sentindo o Tom, sempre correndo atrás do Jerry e nada de pegar o maldito!! O Jerry lá, rindo da minha cara, tirando sarro...
Mas.... tchan tchan... hoje eu saí à tarde e quando voltei a ratoeira o tinha pegado. Horrível, horrível, mas pensar que ele não está mais aqui me atormentando foi um alívio! Confesso. E agora posso dormir tranquilinha da silva :))