26 de fevereiro de 2013

52 objetos - no. 26


Objeto no. 26 - duas aquarelas
Onde está - na parede da sala, perto do piano
Quantidade - 2
Escolhido porque - Quando eu vim pra Londres em 2009 estudar, depois que meus cursos acabaram, eu fiz uma pequena viagem pela Europa. Como já fazia uns meses que eu estava namorando, meu (agora) noivo foi comigo. Foi a nossa primeira viagem romântica juntos :) Fomos pra Roma, Florença e Viena. Essas duas aquarelas eu comprei em Florença e retratam a cidade (uma é da Catedral St. Maria del Fiore - o Duomo e a outra é da Ponte Vecchio). Visitamos a Galeria Uffizi e na saída, começamos a andar em direção à ponte Vecchio e, no caminho, tinham vários artistas de rua. O trabalho dessa moça me encantou: gostei das cores que ela usava. Eles ficaram sem moldura por um bom tempo (até final do ano passado), até que resolvi ir até a John Lewis e comprar essas molduras - que na verdade são porta retratos... hehe Mas eu queria pendurar esses quadrinhos na nossa casa! Eles são carregados de boas lembranças!

24 de fevereiro de 2013

Pensando na vida

Toda vez que eu leio no jornal sobre a crise mundial, sobre demissões em massa de grandes companhias, que essa geração não vai ter dinheiro nunca pra conseguir comprar uma casa (pelo menos aqui em Londres), fico pensando que merda, sabe? A pessoa estuda, tem um emprego bom, mas os preços são absurdos. 
Outro dia, no trabalho, eu estava conversando com meus colegas. Um deles, durante a universidade morava em outra cidade e, por isso, não morava com os pais. Quando acabou a universidade, ele voltou pra Londres e a morar com os pais. Acho que porque é mais barato, ele continua morando com os pais até hoje (faz uns 3 anos) e reclama muito e fala muito que gostaria de ter um lugar só pra ele. Mas os preços estão absurdos e ele, ganhando um salário não muito bom, mas melhor do que muita gente, preferia tentar economizar para, quem sabe por um milagre, conseguir comprar um apartamento. Mas, uma coisa que eu achei interessante é que ele paga aluguel pros pais! A mãe, há muito tempo não cozinha para ele. Ele compra todos os ingredientes e ele cozinha pra ele mesmo. Ele tem as tarefas que ele precisa fazer para ajudar na limpeza da casa. Achei isso, apesar de meio duro pra gente - que família no Brasil ia obrigar o filho a pagar aluguel morando com eles? Eu não conheço, e olha que conheço várias pessoas que já passaram dos 30 e continuam morando com os pais e não pagam nada! - uma ótima idéia, principalmente se o filho tem um emprego (mesmo que não seja um Empreeeego). 
Meu outro colega, também disse que vai devolver cada centavo que usou da mãe para pagar a faculdade. Putz, daí eu fiquei mal, porque meu pai pagou minha faculdade e eu nunca devolvi o dinheiro pra ele! haha
Mas acho que os ingleses tem uma relação com dinheiro e com filhos muito diferente de nós, brasileiros. Olha, essa é minha opinião, baseada na minha experiência, tá? Mas assim, o que eu sinto, é que os ingleses são muito mais independentes dos seus pais. Isso, acho que resulta em pessoas menos acomodadas em vários sentidos. É óbvio que conheço muitos brasileiros que ralaram desde sempre e conquistaram muitas coisas sem a ajuda dos pais. E eu realmente admiro essas pessoas. Mas tô falando mais num sentido de dinâmica familiar mesmo. Acho que poucas famílias no Brasil cobrariam aluguel do filho se eles pudessem arcar com essas despesas, entendem? Ou melhor, poucas famílias no Brasil iriam ter uma atitude assim: você é um ser adulto, com trabalhos e responsabilidades de adultos e por isso, deve ser tratado como tal. 

19 de fevereiro de 2013

52 objetos - no. 25


Objeto no. 25 - Havaianas
Onde está - No hall de entrada, junto com os outros sapatos
Quantidade - 4 pares (na verdade são 5, mas a outra está muito velhinha)
Escolhido porque - Assim como a galocha, é um objeto totalmente utilitário. Eu não costumo ficar descalça, nem mesmo em casa. Então as havaianas são essenciais no dia-a-dia. Fora que havaianas são os melhores chinelos de todos os tempos. Tem gente que reclama que machuca, mas eu já usei pra andar muito e nunca me machucou! Aqui em Londres virou modinha e eu fico toda orgulhosa de mostrar um produto brasileiro tão bom :) hihihi - Além disso, é o presente que o pessoal do Brasil mais me manda. Em quase 3 anos morando aqui, passei de 1 par para 5 pares - uma quebrou :(

16 de fevereiro de 2013

Random

Sexta-feira tinha um senhor no ônibus ouvindo walkman... walkman, gente, com fita cassete e tudo. Achei a coisa mais fofa do mundo. 

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Hoje fui até o Portobello Market. Acho incrível que, apesar do mundo de turistas e de ok, ter se descaracterizado um pouco, algumas barraquinhas e lojinhas são verdadeiras máquinas do tempo. Uma coisa que eu acho muito legal é que as pessoas costumam fazer car boot sale: você lota o porta-malas do seu carro com tranqueiras que não quer mais e vai vender ou trocar num local determinado (geralmente um parque, um campo ou um mercado). Esse negócio de vender/trocar objetos que não te servem mais me intriga muito, principalmente os que, aparentemente, tem um valor pessoal/sentimental. Foi isso o que me veio à cabeça ao olhar essas barraquinhas/lojinhas lá no mercado. Muitas jóias antigas, castiçais, talheres, todos os objetos com uma história. 

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Meu sobrinho cresce numa velocidade absurda. Com pouco mais de 1 ano e meio, fala muitas coisas (ainda não fala frases, mas entende tudo) e se comunica muito bem, obrigado. Ele é uma criança ativa (como criança deve ser), muito sociável e super carinhoso. A risada dele cura qualquer problema. Sério. Dá até vontade de trazer pra casa. Dá até vontade de brincar mais.

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Passada um pouco mais de uma semana, estou melhor. Talvez com uma cor a menos na minha paleta, pois perdas são sempre difíceis. Mas com toda a energia para seguir a caminhada. 

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Acabei de assistir Skyfall e olha... que filme ruim... Nem o Javier Bardem como melhor vilão de todos os tempos salvou... 

12 de fevereiro de 2013

52 objetos - no. 24


Objeto no. 24 - manta
Onde está - no sofá da sala
Quantidade - 1
Escolhido porque - Essa manta, da White Company, foi um presente do meu noivo no primeiro aniversário que eu passei aqui. Meu aniversário é em Janeiro e estava um frio desgraçado lá fora, foi o presente perfeito! Ela é minha companheira nos finais de semana: quando eu acordo, vou preparar meu café e sento no sofá, enrolada nela e com uma caneca na mão e o lap top no colo. Parece um objeto trivial, mas essa manta é minha companheira e é tão quentinha, tão cozy... :)

8 de fevereiro de 2013

Será que

Depois da tempestade vem a bonança mesmo? Duas notícias entre ontem e hoje. Uma bem ruim e outra muito péssima e triste.
Quando o furacão passar, eu volto por aqui...

5 de fevereiro de 2013

52 objetos - no. 23


Objeto no. 23 - Cama
Onde está - no quarto de hóspedes na casa dos meus pais
Quantidade - 1
Escolhido porque - Bom, já falei da história por trás da penteadeira, que é a mesma história por trás dessa cama: foi meu vô quem fez. Mas se a penteadeira eu usei até meus teens apenas, a cama foi comigo pra Campinas, onde eu fiz minha faculdade e foi minha companheira fiel. Ela passou um tempo desmontada, mas quando mudamos de casa, resolvemos monta-la de novo no quarto de hóspedes. Vou contar um segredo: quando eu era pequena, achava que eu era a Branca de Neve, porque minha cama parecia com a dela (cof, cof - nem era a cama dela, eram 3 camas dos anões juntadas... haha). Criança é bom, né?

1 de fevereiro de 2013

Manet na Royal Academy

Sábado passado fui à exposição do Manet na Royal Academy. Não tenho pretensão nenhuma de fazer uma critic review aqui, hein? Só queria deixar as impressões que eu tive!

Manet é considerado o pai da arte moderna. Na verdade, o Musée D'Orsay vai ainda mais longe e o define como "O homem que inventou a Arte Moderna". Reproduzindo as cenas cotidianas da vida parisiense, foi muito criticado e ridicularizado em sua época, mas é justamente por isso que é tão celebrado hoje. O título da exposição é: Manet, Portraying Life - que é um aspecto pouco explorado em exibições na Inglaterra e traz ao mesmo tempo, o retrato de um lado e as cenas da vida contemporânea do outro. Ele põe as pessoas retratadas como atores em suas telas e, algumas vezes, seus "objetos" estão até de costas, ou olhando pra outro lado, o que foi novidade na época.
Suas pinceladas bruscas e rápidas tem bastante a ver com o Impressionismo, mas a impressão que eu tive é que os quadros estavam sempre inacabados. Nem por isso é menos bonito ou tocante. Um dos quadros que me chamou mais atenção foi o de Berthe Morisot de luto. Principalmente quando você vê dois retratos dela juntos: o "normal" e o dela sofrendo pela perda do pai. É tão triste, mas tão bonito, é poesia. E eu paro por aqui, na minha breve descrição da exposição. Acho que as imagens falam mais...


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